Quem tem medo do bicho-papão? Narrativas de professores do Triângulo Mineiro que atuam na Educação Infantil
DOI:
https://doi.org/10.18675/1981-8106.v34.n.67.s17874Palavras-chave:
Educação Infantil. Prática Pedagógica. Gênero. Homens. Masculinidades.Resumo
O presente trabalho teve como objetivo conhecer fatores que levaram homens a cursar a graduação em Pedagogia e a optar por exercer a docência na Educação Infantil, bem como identificar de que forma eles percebem o trabalho de “cuidar” e “educar”. A pesquisa exploratória de abordagem qualitativa “suleou” o estudo, do qual participaram três professores atuantes em um município do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. Um questionário, com questões abertas e fechadas, e uma entrevista semiestruturada foram mobilizados para a produção dos dados. Como resultado, vislumbrou-se que esses homens, quando adentraram o espaço escolar de educação de crianças pequenas, se depararam com desafios, entraves, limites e interdições regulados por regimes normativos de gênero. Os participantes afirmaram ter vivenciado situações constrangedoras e preconceituosas em relação à higienização e ao cuidado dos corpos das crianças. Eles acreditam, todavia em um cenário melhor – no qual mais homens ingressarão no magistério da Educação Infantil – e, de certa maneira, sentem-se realizados com a profissão.
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