EDUCAÇÃO NO CAMPO, FORMAÇÃO DOCENTE E O PROTAGONISMO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS: DIVERSIDADE TERRITORIAL EM DEBATE
DOI:
https://doi.org/10.18675/1981-8106.v30.n.63.s14021Palavras-chave:
Formação de Professores. Educação do Campo. Amazônia. Movimentos Sociais do Campo.Resumo
Este artigo aborda o protagonismo dos movimentos sociais que visam a assegurar o direito à educação das populações rurais em sua luta por espaço político, apontando para políticas de formação de professores que reconheçam as múltiplas territorialidades da Amazônia paraense. Para demonstrar a realidade atual da educação básica nas redes públicas rurais, utilizamos dados extraídos do Censo Escolar (2017) com o objetivo de evidenciar a existência de um abismo entre aqueles que pensam e planejam as políticas públicas educacionais e os que verdadeiramente experimentam os desafios educacionais nessas localidades. Ao analisar os desdobramentos dessas políticas em suas vivências individuais e coletivas de professores e alunos, o artigo conclui que há a necessidade de uma formação inicial e continuada de professores no campo, fundamentada na perspectiva de Educação do Campo com base nas propostas dos movimentos sociais, com suas implicações político-pedagógicas em consonância com as territorialidades desses povos.
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