Paulo Freire: educador popular revolucionário hoje
DOI:
https://doi.org/10.18675/1981-8106.v31.n.64.s16213Palavras-chave:
Revolução. Realidade. Educação. Popular. Capitalismo.Resumo
No espírito das justas homenagens prestadas ao educador Paulo Freire, em virtude do centésimo aniversário de seu nascimento, o ensaio busca enfatizar certas peculiaridades de seu pensamento educacional popular revolucionário, ao mesmo tempo em que se esforça por produzir uma conexão de tal pensamento com os desafios colocados pelo atual momento histórico brasileiro. Para tanto, se serve, sobretudo, dos registros de uma experiência em processo de que se constitui a obra Cartas a Guiné-Bissau (1977). No itinerário reflexivo, tenta-se evidenciar: o caráter romântico-revolucionário do pensamento freireano; o papel teórico-metodológico da articulação entre prática social e educação e, derivada disto, uma sofisticada concepção educacional que se faz revolucionária, justo por aprofundar-se na realidade concreta, entendida como processo portador de tendências, “inéditos-viáveis”, a serem desenvolvidas no sentido da superação da sociedade dividida em classes. Tais conclusões de índole teórica, no entanto, não são encaradas no ensaio como encerradas em si mesmas, mas extraem seu sentido, e mesmo coerência em relação à obra tematizada, por poderem funcionar como ato rememorativo, no qual as lutas do passado podem se conectar explosivamente com as lutas do presente.
Referências
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