Educação e ambiente: compreensões em torno do pensar e do fazer Educação Ambiental
DOI:
https://doi.org/10.18675/1981-8106.v31.n.64.s13743Palavras-chave:
Educação Ambiental. Prática Social. Crise Civilizatória.Resumo
Segundo um estudo da ONG Britânica Oxfam, de 2015, o Banco Mundial estimou que 700 milhões de pessoas estavam vivendo em condições de pobreza extrema, ganhando menos de US$ 1,90 por dia. No Brasil, a renda dos 50% mais pobres aumentou a uma taxa mais acelerada que a dos 10% mais ricos, mas, ainda assim, a diferença entre os dois grupos aumentou. Esses dados denunciam a existência de uma crise civilizatória em curso, deflagrada por meio da exploração sem precedentes dos recursos naturais e humanos, a partir da modernidade eurocêntrica estadunidense que invadiu territórios latino-americanos. Atualmente, essa crise foi agravada pela pandemia de Sars-Cov-2, também conhecida como COVID-19. A educação ambiental, especialmente por algumas de suas correntes, tem buscado adotar práticas que permitam a ressignificação da relação entre os seres humanos e a natureza, a fim de possibilitar caminhos que, mais que afirmem a vida, reproduzam-na e a desenvolvam em seus âmbitos antropológico, ecológico, econômico, político e socioambiental. Desse modo, este artigo tem por objetivo, valendo-se do aparato metodológico da revisão bibliográfica, apresentar as concepções em torno da educação ambiental, uma vez que se constituiu, historicamente, como uma prática social capaz de potencializar uma formação humana emancipadora, libertadora, autônoma e colaborativa.
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