Conto de aventura: criação textual a partir do terceiro ano do Ensino Fundamental
DOI:
https://doi.org/10.18675/1981-8106.v35.n.69.s17991Palavras-chave:
Conto de Aventura. Produção de Texto. Sequência Didática. Avaliação de Texto.Resumo
O artigo aborda a validação de uma proposta de atividades como sequência didática para o ensino da produção de conto de aventura, organizada em dois blocos de conteúdo, contendo sete etapas e 19 atividades que, após celebração do contrato pedagógico, reuniu: leitura de literatura infantil e de animação infantil, produção de texto e revisões, estudo dos elementos do gênero literário, fichas de conteúdo e de atividade, avaliação somativa individual e coletiva. Ademais, teve acompanhamento processual: avaliações diagnóstica, formativa e somativa. A proposta foi aplicada por três professoras de duas escolas públicas do Paraná. Participaram do estudo 110 crianças, fornecendo a versão inicial e a versão final do conto de aventura para serem analisadas e classificadas primeiramente pelas próprias professoras participantes. Depois, um segundo grupo de professoras avaliadoras, participantes de um curso exclusivo para avaliação dos textos, analisou as versões da amostra composta de textos de 42 crianças. O estudo dos níveis de desenvolvimento da escrita de Brandão e Spinillo (2001) direcionou a qualificação dos textos. Enfim, a sequência didática é favorável para ser aplicada em sala de aula, pois 30 textos, 71,43% da amostra, tiveram progressão de níveis, indicando que as habilidades previstas a partir do 3o ano do Ensino Fundamental no Campo Artístico-Literário da BNCC (Brasil, 2017) poderão ser aprimorada no 4o ano e consolidadas no 5o ano do Ensino Fundamental.
Referências
BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
BRAIT, B. A personagem. 1. ed. São Paulo: Ática, 1985.
BRANDÃO, A. C. P.; SPINILLO, A. G. Produção e compreensão de textos em uma perspectiva de desenvolvimento. Estudos de Psicologia, v. 6, n. 1, p. 51-62, 2001. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-294X2001000100006. Acesso em: 30 jan. 2023.
BRASIL. Conselho Nacional de educação/Conselho Pleno. Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. Diário Oficinal da União, Brasília, de 22 de dezembro de 2017, Seção 1, p. 41-44. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=79631-rcp002-17-pdf&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 10 jan. 2018.
CALKINS, L. M. A Arte de Ensinar a Escrever: o Desenvolvimento do Discurso Escrito. Porto Alegre: Artmed, 1989.
COLOMER, T.; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002.
CUNHA, M. A. A. Literatura infantil: Teoria e prática. 18. ed. São Paulo: Ática, 2005.
DALLA-BONA, E. M; BUFREM, L. S. Aluno-autor: a aprendizagem da escrita literária nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Educação em Revista. Belo Horizonte, v. 29, n. 1, p. 179-203, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-46982013000100009. Acesso em: 30 jan. 2023.
DIAS, H. R. A. O. A história em quadrinhos e suas facetas: práticas de leitura no 3º ano do Ensino Fundamental. 2015. 159 f. Dissertação (Mestrado em Educação) –Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015. Disponível em: http://hdl.handle.net/1884/40594. Acesso em: 30 jan. 2023.
DIMAS, A. Espaço e romance. 3. ed. São Paulo: Ática, 1994.
DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência Suíça (Francófona). In: DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004.
GANDIN, R. V. Professores escritores de contos de aventuras: aprender a escrever para saber ensinar. 2021. 354 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Paraná, 2021. Disponível em: http://hdl.handle.net/1884/71980. Acesso em: 1º ago. 2022.
GANDIN, R. V.; BRANCO, V. O diálogo entre ler e escrever: uma sequência didática para promoção da aprendizagem da escrita narrativa no 3º no Ensino Fundamental. Trilhas Pedagógicas, v. 9, n. 10, p. 55-75, 2019. Disponível em: https://fatece.edu.br/arquivos/arquivos-revistas/trilhas/volume9/4.pdf. Acesso em: 30 jan. 2023.
GANDIN, R. V.; BRANCO, V.; SOUZA, R. J. Atividades para o 3º, 4º e 5º ano do ensino fundamental I: aprendendo a escrever conto de aventura. Educação em Revista, Marília, v. 23, n. 1, p. 9-26, 2022. DOI: https://doi.org/10.36311/2236-5192.2022.v23n1.p9. Acesso em: 30 jan. 2023.
GANDIN, R. V.; BRANCO, V.; SOUSA, R. J. Atividades sequenciais para aprendizagem inicial da escrita do conto de aventura para o 3º, 4º e 5º ano do ensino fundamental de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. Diversa, Matinhos, v. 17, n. 1, p. 158-177, 2024. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/diver.v17i1.95776. Acesso em: 30 jan. 2023.
GUIMARÃES, S. R. K.; BRANCO, V. Abordagem psicológica da aquisição e desenvolvimento da linguagem escrita: limites e contribuições das teorias. In: RAMOS, E. C.; FRANKLIN, K. (org.). Fundamentos da Educação: os diversos olhares do educar. Curitiba: Juruá, 2010. p. 183-203.
JOLIBERT, J. Além dos muros da escola: a escrita como ponte entre alunos e comunidades. Porto Alegre: Artmed, 2006.
JOLIBERT, J. Caminhos para aprender a ler e escrever. São Paulo: Contexto, 2008.
JOLIBERT, J. et al. Formando crianças produtoras de textos. Porto Alegre: Artmed, 1994. p. 15-178.
LEITE, L. C. M. O foco narrativo. 10. ed. São Paulo: Ática, 2002.
MESQUITA, S. N. de. O enredo. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
MOANA: um mar de aventuras (2016). Direção: Ron Clements e John Musker. Burbank, Califórnia: Walt Disney Animation Studios. Dist. Walt Disney Studios Motion Pictures, 2016, 1 filme (113 min), sonoro, dublado, color.
MOISEIS, M. A criação literária. 21. ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
NUNES, B. O tempo na narrativa. 2. ed. São Paulo: Ática, 1995.
SOARES, M. Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever. São Paulo: Contexto, 2020.
SOLÉ, I. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre, Artmed, 1998.
SOUZA, R. J. et al. Estratégias de leitura aplicadas ao conto: uma proposta para a sala de aula. Revista Desenredo, v. 15, n. 1, p. 62-73, 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.5335/rdes.v15i1.8946. Acesso em: 30 jan. 2023.
TODOROV, T. As estruturas das narrativas. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam nessa revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores cedem os direitos autorais à revista, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação nesta revista.
b) A política adotada pela Comissão Editorial é a de ceder os direitos autorais somente após um período de 30 meses da data de publicação do artigo. Transcorrido esse tempo, os autores interessados em publicar o mesmo texto em outra obra devem encaminhar uma carta à Comissão Editorial solicitando a liberação de cessão dos direitos autorais e aguardar resposta.
c) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins. This journal provides open any other party
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons







